Título original: A filha da minha mãe e eu
Editora: Novo Século
Ano: 2012
Nº de páginas: 272
Avaliação: ☻☻☻☻☺
Sinopse do SKOOB
Quando adquiri esse livro, tive que escolher entre ele e Branca de Neve e o Caçador e depois de lê-lo, tive a certeza de que havia feito a escolha certa. A filha da minha mãe e eu é um livro completo, emocionante, tocante. Um livro que vai muito além da última página, pois apesar de terminá-lo, você ainda ficará muito tempo refletindo sobre a história de Helena e Mariana.
Maria Fernanda Guerreiro nos apresenta uma família um tanto delicada, mas apesar de alguns desentendimentos, se mantém, de alguma forma, unida. É Mariana quem nos conta a história de sua família. O livro começa com ela descobrindo que está grávida e isso a faz refletir sobre sua vida. Assim, ela começa contando toda a sua relação com sua mãe, Helena, desde os seus cinco anos de idade.
Quando vi as duas listras azuis no teste de gravidez, tive uma certeza: preciso me sentir filha antes de me tornar mãe. Porque uma parte da minha alegria era inventada e, a outra, não era minha.
Para Mariana, a sua mãe ama somente seu irmão, Guga, pois toda a atenção é voltada para ele e quando eles brigam, não importa se ela não tem culpa, os dois são punidos. Isso faz com que Mariana se apegue cada vez mais ao seu pai, Tito, o que acaba gerando ciúme em sua mãe.
Naquela tarde, descobri que não são os fatos, mas suas interpretações que fazem as pessoas sofrerem.
- Olha aqui, Mariana, presta atenção porque vou falar uma só vez: quem tem que dar o último beijo no seu pai sou eu e não você! Eu sou a esposa dele! Você é a filha. Ponha-se no seu lugar, você está me entendendo?
Foi Tito quem ensinou, auxiliou e amparou Mariana na maioria das vezes. Foi para ele que ela contou quando menstruou pela primeira vez e ele comprou seu primeiro absorvente. Foi ele quem lhe ensinou a ver as horas. E quem a confortou diversas noites antes de dormir quando ela se queixava da falta de amor por parte de sua mãe. Tito é o pai exemplar, aquele que está sempre ao lado de seus filhos, estejam certos ou errados, felizes ou tristes e eles o reconhecem por isso, principalmente, Mariana.